(Bil-Rait Buchecha, Guilherme Vargues, Manuela Trindade e Nina Rosa)
ver letraOlha que coisa mais linda
Saindo da praça
É o Simpatia que vem e que passa
Doce balanço
A caminho de Iemanjá
A bateria sempre manda o seu recado
E o cachorro engarrafado
Hoje eu trouxe pra sambar
Saravá, Mestre Penha
Qual a bossa do momento?
Olha o toque do agogô
Vem garota de Ipanema
Poetinha, tô atento!
Simpatia é quase amor
É melhor… ser alegre que ser triste
Carnaval… poesia que resiste
Com o piano que subiu pro além
Tá o branco mais preto
Que outras terras não têm
Eu sou você, o samba é nosso
E de quem vier compor
Os cem anos desse filho de Xangô
ô, ô, ô…
Caà nos braços de Orfeu
De amarelo e lilás
Hoje sou eu e Vinicius de Moraes
O autor e jornalista João Pimentel, mais conhecido na boêmia carioca como Janjão cita em seu livro “Blocos†(Ed. Dumara, 2002) um trecho de um samba feito pelo saudoso Bussunda que não chegou a ser apresentado em quadra, mas que fazia uma sátira às gatinhas balzaquianas do bloco:
O autor e jornalista João Pimentel, mais conhecido na boêmia carioca como Janjão cita em seu livro “Blocos†(Ed. Dumara, 2002) um trecho de um samba feito pelo saudoso Bussunda que não chegou a ser apresentado em quadra, mas que fazia uma sátira às gatinhas balzaquianas do bloco:
“Acordei animado para sair no Simpatia
mas as mulher desse bloco têm idade para ser minha tia
como dizia Balzac tem veterano que é craque
eu vou cair na folia…”
Bussunda foi eleito, consagrado e nomeado Rei Momo do bloco. Na verdade, a intenção da moçada era lançá-lo Rei Momo do Carnaval carioca. Afinal, todos o achavam talhado para o cargo: além das proporções avantajadas, atributo fundamental para quem ocupa o cargo de soberano do Carnaval, nenhum outro representava tão bem o espÃrito carioca, com o humor, a generosidade e a simpatia de sua figura. Mas concorrer ao cargo dava trabalho. Assim, a melhor solução foi elegê-lo rei Momo do bloco.
Seu primeiro desfile na nobre função foi no Carnaval da lata, em 1989. O Simpatia mandou fazer uma fantasia especial, com coroa e tudo. Só que, no lugar do tradicional cedro, Bussunda carregava um “baseadãoâ€, em alusão ao conteúdo das famosas latas que fizeram a alegria da rapaziada naquele histórico verão. Para homenagear o humorista falecido em 2006, no carnaval do ano seguinte o bloco saiu com sua bateria fantasiada de “Marrentinhoâ€, o personagem que o amigo Bussunda criou na televisão.
O Simpatia é Quase Amor sai duas vezes no Carnaval. Desfila no sábado anterior ao carnaval e no domingo de carnaval repete a dose. Sempre saindo da Praça General Osório em direção a praia de Ipanema Sua bateria é famosa, comandada por Mestre Penha, e conta com mais de 60 ritmistas, número considerável em se tratando de um bloco.